Jesus – parte 4

Série: O JESUS HISTÓRICO / Tema: O mundo em que Jesus viveu.

Jesus nasceu na plenitude dos tempos (Gálatas 4.4), ou seja, quando o tempo estava pronto pra recebê-Lo. E esse tempo era perfeito pro seu aparecimento, pois o grego era a língua em comum, falada por todo o império romano; as guerras de conquistas haviam terminado, então, o império romano havia melhorado demasiadamente as estradas, o que facilitou não só o comércio como também possibilitou as missões e porque os judeus eram o povo ideal pra ser usado no plano de Deus, uma vez que professavam a fé em um único Deus. Fora que os judeus aguardavam a vinda do Messias há muito tempo. O mundo estava mergulhado no pecado e precisava de salvação. Sendo assim, Jesus nasceu numa época da história que estava especialmente preparada pra receber o Salvador. Deus planejou tudo isso antes da fundação do mundo, por amor a nós.

Como personagem histórico, Jesus viveu num contexto político, social e religioso. Viveu sob um regime político totalitário que tentou tirar sua vida quando era recém-nascido. Naquela época Israel vivia sob o domínio de Roma que subjugou a Grécia, a Macedônia, a Síria, o Egito, a Palestina, a Espanha entre outros países. O Sinédrio era a mais alta representação política da época em Israel. Funcionava mais ou menos como o nosso atual Senado Federal. Era composto por 71 membros divididos em classes: sumos sacerdotes que pertenciam às famílias sacerdotais, os anciãos que eram os ricos proprietários, como por exemplo Nicodemos e José de Arimatéia e os escribas que também podem ser chamados de doutores da lei, que não eram ricos, mas sim intelectuais e na sua maioria fariseus (Marcos 14.53).

O Sinédrio manipulava as massas através do seu aparato religioso. Esse grupo sentia medo e inveja de Jesus pois Ele estava tirando deles o poder de influência que tinham sobre o povo uma vez que Jesus desmantelou os esquemas religiosos que sustentavam a dominação sacerdotal e criou nas pessoas um senso crítico e de reflexão.

Em Marcos 15.1 lemos sobre a condenação de Jesus e vemos que Ele foi transferido da jurisdição judaica, que era o Sinédrio, para a romana, de Pôncio Pilatos.  As autoridades judaicas, por mais que quisessem, não tinham poder para matá-Lo, não de forma legal. Só a instância romana podia fazer isso.

Analisando o comportamento de Cristo diante das autoridades políticas, quando foi julgado por elas, podemos apreender que:

  • o silêncio, às vezes é uma poderosa arma;
  • a justiça do reino de Deus provoca uma perturbação insuportável nos poderes injustos;
  • as autoridades políticas estão sempre em condições precárias.

Na época em que Jesus viveu havia vários grupos religiosos. O mais conhecido eram os fariseus (que em hebraico significa separado). Eles eram um misto de religião com partido político. Quando surgiram eram zelosos e primavam pela pureza religiosa, com a proposta de preservar a fé viva durante o período interbíblico (400 anos antes de Cristo; Deus não falou nesse período, mas agiu.) Os Saduceus (em hebraico quer dizer justos), detinham a maior parte da riqueza; não gostavam dos romanos, mas politicamente conseguiam conviver até que pacificamente com eles. Na religião, aceitavam a lei de Moisés, mas não a tradição defendida pelos fariseus. Os Essênios (quer dizer piedoso) viviam como em comunidades, um tipo de irmandade e não se preocupavam com a vida política de Israel; praticavam o ascetismo. E os zelotes odiavam os romanos a tal ponto de formarem guerrilhas contra o império, tentando recuperar a independência. Simão, um dos discípulos de Jesus era desse grupo.

Mais de 2000 mil anos já se passaram da vinda de Jesus à Terra e de lá pra cá, sempre o destino da humanidade tem sido definido pelo tipo de relacionamento que o homem tem com Deus, através de Jesus. Aqueles que crêem verdadeiramente e se submetem ao senhorio do Senhor, tendo sua vida pautada com os princípios da Palavra, vivenciam mudanças radicais em suas vidas, vindas de dentro pra fora.

REFLEXÃO PRA SEMANA:

Assim como nós atualmente, Jesus viveu num mundo hipócrita, de legalismo, injustiça, contradições e corrupto. E mesmo assim, Ele conseguiu causar um enorme impacto na vida das pessoas e na história como um todo. Ele nos mostrou que podemos viver assim ainda hoje, tendo como Ele, equilíbrio de virtudes.

Será que somos capazes de demonstrar indignação e compaixão diante de um duro coração que me critica? (cf Mc 3.1-6)

Conseguimos olhar com simpatia pessoal, alguém que possui uma vida financeira grandemente melhor que a nossa? (cf Mc 10.21)

Temos condições de mostrar firmeza e ao mesmo tempo ternura para aqueles que convivem conosco no dia-a-dia? (cf Mt 15.16)

Somos amáveis o suficiente para elogiar alguém por merecimento e logo após saber confrontá-lo por ser necessário, como Jesus fez com Pedro? (cf Mt 16.23)

Só quando adotamos o estilo de vida de Jesus em nossas vidas é que teremos condições de viver o Evangelho de forma genuína e plena, apresentando um cristianismo coerente e não uma mensagem distorcida dele.

RESUMO DA SÉRIE

Deus permitiu que fossem escritos 4 Evangelhos para que se atingisse as 4 classes da população daquela época. O evangelista Mateus escreveu diretamente ao povo judeu; Marcos para os romanos; Lucas direcionou seus ensinos aos gregos e João focalizou os cristãos. A mensagem central do Evangelho de Mateus é o Cristo ungido de Deus e ainda, apresentá-Lo como Rei. A expressão “Filho do Homem” aparece aproximadamente 80 vezes na Bíblia, sendo 3 delas no AT e denota a humanidade perfeita de Jesus. Ela deriva de uma expressão hebraica que implica numa posição de humildade ou ausência de privilégios especiais. O nascimento de Jesus foi através de parto natural de Maria. Jesus Cristo possui características em Sua personalidade que são difíceis de compreender por serem misteriosas e sofisticadas. Mas, algumas que podemos citar são: flexibilidade, adaptabilidade, singeleza de coração e coragem intelectual. Jesus nasceu no império grego e viveu debaixo de um regime totalitário dominado por Roma. Em Israel havia o Sinédrio – que é algo como nosso Senado federal atualmente – composto por 71 membros, divididos entre anciãos, sumos sacerdotes e escribas que tinham amplos poderes. Apesar das inúmeras dificuldades de Sua época, Jesus sempre teve uma postura firme e equilibrada, como devemos adotar para podermos viver um cristianismo coerente com a Pessoa do Senhor Jesus.

(Autoria do resumo: Sílvia Mª Rizzuto Rosa)

Publicado por Sílvia Rizzuto

"Minha religião é o amor a todos os seres vivos." (Leon Tolstoi)

2 comentários em “Jesus – parte 4

  1. .

    Graça, e paz, e amor vos sejam multiplicados.

    Irmã Silvinha,

    Louvemos ao Senhor que nos fortalece em Sua Palavra e não nos permite em ser presas do sistema religioso e nem de homens fraudulentos que utilizam da bendita Palavra santa como comércio!!

    E, sem dúvida alguma, a falta de senso crítico pessoal tem levado a muitos a si distanciarem do evangelho de Salvação, pois que, estão preocupados com o cotidiano material e se esquecem que a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo é Hoje!!!

    Vivem pela vontade própria fazendo o que lhes agrada, deixando ou fazendo que não entendem quando Jesus diz que o Pai não Lhe deixa só, pois que, faz a vontade dAquele que o enviou, e neste sentido, podemos entender quando Paulo escreve em Efésios 5. 15-17.

    Infelizmente, milhares estão se tornando “igrejados” (ou frequentadores de instituições religiosas com nome de “igreja”), distanciando-se do ensinamento bíblico e das coisas que Jesus carinhosamente nos exorta!!!

    Deus a abençoe e aos seus ricamente.

    Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo. Nos interesses de Sua Igreja.

    Fraternalmente,

    irmão James, um desigrejado (ou, aquele que não freqüenta “instituições religiosas com supostos nomes de igreja”)
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  2. Quanto mais aprendemos de Jesus, mais ficamos apaixonados por Ele. Quanta beleza, quanta firmeza, quanta brandura, mansidão, etc. Ele é o TUDO EM TODOS! O Pai, nos dando Cristo, disponibilizou TUDO o que precisamos. NEle tudo podemos! Parabéns pelo post!

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