Esperança contra a depressão

“Tratar com a mente é a maior obra já confiada aos homens” (Ellen White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 4).

Decepções, frustrações e momentos ruins são experimentados por todas as pessoas. Esses fatores, associados à genética (hereditariedade), qualidade de vida e condições do ambiente ou relacionamentos, podem deixar qualquer um vulnerável à tão falada doença do século, a depressão. A grande diferença entre esses estados emocionais citados e o diagnóstico decisivo é a permanência e intensidade dos sintomas depressivos no quadro clínico de uma pessoa.

Um mito sempre discutido e que ainda prevalece em círculos cristãos é que fiéis religiosos não podem ter depressão. Mas o fato é que a depressão afeta milhões de pessoas cristãs e não cristãs da mesma forma, pois não se trata de um problema espiritual e sim de ordem psiquiátrica e emocional. Infelizmente, muitos cristãos ainda relutam em buscar o tratamento adequado para esse problema, contribuindo assim para que a doença se agrave mais e afete os relacionamentos e a condição física, dificultando a reversão do quadro.

O que muitos não sabem é que a depressão é uma desordem química do sistema nervoso central. Os chamados neurotransmissores, responsáveis por transmitir de um neurônio ao outro nossos estímulos emocionais, ficam alterados e não conseguem cumprir sua função correta: passar a emoção certa para cada momento vivenciado. Essa desordem neuroquímica associada a problemas familiares, no trabalho e outras dificuldades faz com que a depressão se instale e comece a causar danos.

De acordo com o manual CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), existem vários critérios para avaliar se alguém está passando por um quadro depressivo. Alguns dos mais frequentes são: sentimentos de tristeza e aborrecimento persistentes, falta de energia e vontade de viver, perda da concentração, crises de choro sem motivo aparente, perda de apetite, desinteresse para com as atividades diárias, até mesmo higiene, distúrbios do sono (insônia ou sonolência constante), desesperança, sentimento de culpa, remorso e uma vasta lista de características que ocorrem em vários graus e intensidades de acordo com o estilo de cada um.

As pessoas em geral conseguem resolver problemas, mesmo em momentos críticos como a morte de alguém querido, perda do emprego ou um trauma, sem permanecer num estado de crise durante vários meses, e esse é o grande diferencial na hora do diagnóstico. Quem demonstra não estar conseguindo sair do desanimo, tristeza, desinteresse pela vida por um período prolongado (meses), pode sim estar em um quadro depressivo. Um fator importante é que dificilmente essa pessoa tomará a iniciativa de buscar ajuda, a não ser que esteja no início e ainda tenha algum controle sobre seu estado; por isso a importância de pessoas esclarecidas para encaminharem o paciente ao médico e psicólogo.

Deus pode curar alguém da depressão? Claro que sim, mas Ele também nos deu os tratamentos especializados para isso. Temos a medicina e a psicologia para nos auxiliar. Deus nos deixou orientação para que possamos nós mesmos buscar ajuda e cura. É claro que nada sem Deus atingirá o sucesso, e nossa comunhão fará toda a diferença durante o tratamento, pois trará esperança e vigor quando se pensar em desistir de viver.

Atendo uma jovem de 30 anos que ainda está em recuperação de uma crise. Foi afastada do trabalho, pensou várias vezes em suicídio e quase acabou com seu casamento. Com o uso dos medicamentos, da terapia e o contato com Deus, ela está muito melhor hoje. Ela é cristã e não acreditava que seu problema pudesse ser curado com remédios e psicoterapia. Apesar de ser profissional da saúde, achava que só através da oração deveria obter a cura. Depois de seis meses de tratamento, sua visão em relação à vida mudou muito e agora ela percebe que a intervenção de Deus pode ser feita através da ciência e sabe que profissionais são usados para fazer esse trabalho.

Note que quando alguém está fora do controle de suas faculdades mentais, a sequência deve ser em primeiro lugar medicamento, seguida pela terapia e fé conjuntamente. O medicamento terá a função de regular a atividade cerebral e facilitar a racionalidade e entendimento do seu estado geral para que a terapia haja também com eficácia. A fé tem papel fundamental no tratamento de qualquer doença. Acreditar que Deus está trabalhando através das descobertas da ciência e dos recursos para diminuir nossas dores físicas e emocionais é o primeiro passo para receber Sua cura.

(Juliana de Souza Assis é psicóloga clínica e coordenadora do SEPSI – ECOE, localizado na Zona Sul de São Paulo, SP)

 Depressão tem lado bom? Para Darwin, sim

A ciência vem se esforçando para demonstrar que a depressão tem seu lado bom e que dela podemos tirar proveito se percebermos seu potencial transformador. É o que defendem dois pesquisadores evolucionistas norte-americanos, em um estudo recente publicado no periódico Psychological Review no qual tentam desvendar o que chamam de “o paradoxo da depressão”. Guiados pela teoria da seleção natural de Charles Darwin (1809-1882), o psiquiatra J. Anderson Thomson, da University of Virginia, e o psicólogo Paul W. Andrews, da Virginia Commonwealth University, passaram anos tentando entender por que doenças mentais como a esquizofrenia afetam apenas de 1% a 2% da população mundial, enquanto a depressão já atinge mais de 20%. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde divulgadas em setembro de 2009, essa será, em duas décadas, a doença mais comum do planeta, à frente do câncer. Residiria aí o tal paradoxo: por que uma disfunção tão sofrida também é tão comum?

Segundo Darwin – ele próprio um notório deprimido, como explicitou em várias cartas ao longo da vida –, as espécies passam por um inexorável processo de adaptação em que características mais favoráveis a sua existência acabam sendo passadas de geração a geração. Trata-se de um afinadíssimo mecanismo de seleção e especialização que garante a permanência de traços que nos deixam mais aptos a encarar os obstáculos. Adeptos da psicologia evolucionista acreditam que a seleção natural não envolve apenas o corpo. As características da mente humana também seriam o resultado de uma longa jornada de depuração em nome da sobrevivência e reprodução. Se a teoria de Darwin é amplamente aceita até hoje no meio científico, argumentam Thomson e Andrews, então a depressão não pode ficar de fora. Em outras palavras, a depressão seria uma adaptação humana que chegou até nós com tamanha incidência não por acidente, mas porque precisamos dela como indivíduos.

De acordo com essa perspectiva, a depressão nada mais é do que uma resposta radical da mente para que encaremos nossos dilemas mais profundos. “Como a dor física, ela serve para sinalizar que existe um problema a ser resolvido”, afirma Thomson. “Seria maravilhoso se a gente não tivesse de sentir dor. Só que não é assim. A depressão, como a dor, é um mal necessário.” Esse mecanismo seria tão poderoso que nos faria parar e olhar na marra para dentro de nós mesmos, ainda que de forma muitas vezes caótica, nem sempre consciente e invariavelmente sofrida. Tamanha concentração da mente tem um preço, exigindo muitas vezes terríveis sacrifícios. Por causa dela, alguns param de comer, de trabalhar, de ver os amigos e de sentir prazer.

Integrante da mesma corrente de pesquisa que tenta mostrar que a doença não é apenas uma disfunção qualquer, Edward Hagen, psicólogo evolucionista da Washington State University, costuma compará-la a uma greve geral. “Por que os trabalhadores entram em greve? Porque não estão satisfeitos. Acontece o mesmo com nossa mente. Trata-se de um ultimato, um pedido de socorro para que mudemos o que está nos prejudicando.”

(Galileu)

Nota: Por que ninguém havia pensado nisso antes? Mas é claro! A “teoria-explica-tudo” pode explicar até mesmo a doença do século. O evolucionismo já “explica” (e, portanto, justifica) a mentira, o adultério e a crença religiosa. Agora, até mesmo a depressão passa a ser “vantajosa” para a humanidade e, portanto, acabou naturalmente selecionada. Infelizes dos nossos “ancestrais primitivos” que não dispunham de remédios nem de terapia…[MB]

Dica de leitura: Como Sair da Depressão

(Extraído de: http://adventista.forumbrasil.net/)

Publicado por Sílvia Rizzuto

"Minha religião é o amor a todos os seres vivos." (Leon Tolstoi)

Um comentário em “Esperança contra a depressão

  1. SILVINHA TENHO 41 AN DIAGNOSTICADA TOC HÁ 7 ANOS TOMO UMA MEDICAÇÃO CHAMADA LUVOX, FIZ TENTATIVAS POR DUAS OU TRES VEZES DE PARAR COM A MEDICAÇÃO POIS ESTAVA ME SENTINDO TÃO BEM QUE RESOLVI PARAR MAS DEPOIS DE 2 MESES SEMA MEDICAÇÃO TIVE RECAIDAS TERRIVEIS, NÃO O BASTANTE HÁ DOIS MESES ATRAS CERTA QUE ESTAVA CURADA POR DEUS MESMO SEM FALAR C O MEDICO PAREI DE TOMAR AGORA ESTOU PAGANDO O PREÇO POIS DEPOIS DESTES DOIS MESES FIQUEI MUITO MAL VOLTEI A MEDICAÇÃO HÁ 17 DIAS MAS PARECE QUE NÃO VAII FAZER EFEITO TENHO MEDICO MARCADO !!!! É MUITO RUIM PARECE QUE VCE ESTA A UM PONTO DE FAZER ALGUM TIPO DE MAL A PESSOAS QUE MAIS AMA E SOU CRISTÃ SOFRO MUITO E TENHO MUITO SENTIMENTO DE CULPA!!! PEÇO SUAS ORAÇÕES PARA QUE ME SUSTENTE E QUE O EFEITO DO REMEDIO VENHA LOGO!!!GRANDE BEIJO REGINA

Deixe um comentário